domingo, 26 de junho de 2011

Hoje não, hoje sim!

Hoje, no Engenhão, foi dia de testar os extremos que o futebol aproxima em 90 minutos. Ao final do primeiro tempo, péssimo, o Luxemburgo ia cair, o Ronaldinho era um sem vergonha e este time queria derrubar o técnico.

Do lado de lá, reclamações parecidas. O Galo joga mal, o Dorival “não é tudo aquilo”, e aquele Santos é que era demais, não ele. Será?

Voltam, jogam minutos e o Dorival volta a ser um grande técnico. Seu time, “ajeitadinho” pra contra-atacar. O Flamengo, um fiasco sem tamanho.

Fora isso, fora aquilo, fora todo mundo!

O ultrapassado Luxemburgo mexe. O morto Ronaldinho tem uma chance e perde. A nação apaixonada faz cara de ódio, e o time baixa a cabeça sem entender o que está acontecendo.

Complô? Fase? Escalados errados? Todos eles? Não é possível…

Até que a bola cai nos pés de um dos maiores desperdícios do mundo. Naquele segundo ele resolveu não jogar fora o talento que a vida lhe deu e empata, brilhante.

A torcida cresce, o cara ganha moral, o time muda da água pro vinho.

O fusca vira Ferrari, e o jogo vira um ataque x defesa de dar dó do Galo.

Dorival mexe, perde mais um, tenta, grita, esperneia, mas não tem jeito. O time parou e ficou assistindo e rezando pro Flamengo não virar.

Virou.

Ronaldinho jogando, as mudanças do Luxemburgo dando certo, Deivid fazendo 2 e o que era um inferno vira uma goleada em exatos 30 minutos.

Precisou meia hora para o Luxemburgo deixar de estar ameaçado, pro Ronaldinho sair de vilão para herói e do “quase em crise” Flamengo virar “quase hepta” para os seus.

O Galo, que não consegue dizer a ninguém até onde vai e por onde vai, hoje deu mais um passo pra Dorival ser colocado em pauta.

Era ele? Era o Coxa? Era o Santos?

Quem ousa responder uma pergunta dessas sabendo que, daqui 1 semana, talvez, 30 minutos façam dele o melhor técnico do país, dirigindo o super-Galo rumo ao bi, etc e tal?

Por: Rica Perrone (twitter/blog)

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