Hoje, no Engenhão, foi dia de testar os extremos que o futebol aproxima em 90 minutos. Ao final do primeiro tempo, péssimo, o Luxemburgo ia cair, o Ronaldinho era um sem vergonha e este time queria derrubar o técnico.
Do lado de lá, reclamações parecidas. O Galo joga mal, o Dorival “não é tudo aquilo”, e aquele Santos é que era demais, não ele. Será?
Voltam, jogam minutos e o Dorival volta a ser um grande técnico. Seu time, “ajeitadinho” pra contra-atacar. O Flamengo, um fiasco sem tamanho.
Fora isso, fora aquilo, fora todo mundo!
O ultrapassado Luxemburgo mexe. O morto Ronaldinho tem uma chance e perde. A nação apaixonada faz cara de ódio, e o time baixa a cabeça sem entender o que está acontecendo.
Complô? Fase? Escalados errados? Todos eles? Não é possível…
Até que a bola cai nos pés de um dos maiores desperdícios do mundo. Naquele segundo ele resolveu não jogar fora o talento que a vida lhe deu e empata, brilhante.
A torcida cresce, o cara ganha moral, o time muda da água pro vinho.
O fusca vira Ferrari, e o jogo vira um ataque x defesa de dar dó do Galo.
Dorival mexe, perde mais um, tenta, grita, esperneia, mas não tem jeito. O time parou e ficou assistindo e rezando pro Flamengo não virar.
Virou.
Ronaldinho jogando, as mudanças do Luxemburgo dando certo, Deivid fazendo 2 e o que era um inferno vira uma goleada em exatos 30 minutos.
Precisou meia hora para o Luxemburgo deixar de estar ameaçado, pro Ronaldinho sair de vilão para herói e do “quase em crise” Flamengo virar “quase hepta” para os seus.
O Galo, que não consegue dizer a ninguém até onde vai e por onde vai, hoje deu mais um passo pra Dorival ser colocado em pauta.
Era ele? Era o Coxa? Era o Santos?
Quem ousa responder uma pergunta dessas sabendo que, daqui 1 semana, talvez, 30 minutos façam dele o melhor técnico do país, dirigindo o super-Galo rumo ao bi, etc e tal?
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