A Arena do Jacaré, estádio localizado em Sete Lagoas, foi a solução do Governo de Minas Gerais para que os Clubes de Belo Horizonte não ficassem sem local para realizar seus jogos enquanto o Mineirão e o Independência passam por reformas para a Copa do Mundo.
Deixando de lado todo o atraso nas obras do Independência, fato que todos previam, vamos analisar somente a Arena do Jacaré, em relação à torcida do Atlético.
Bilheterias – Normalmente, em jogos do Atlético, os ingressos têm esgotado na venda antecipada, então não há como avaliar esse setor.
Entrada dos torcedores – Tumultuada, sem informações e sem portões suficientes. Até o jogo de ontem, o torcedor podia passar por qualquer catraca, mesmo com ingressos de outros portões. Porém, ontem a BWA (empresa contratada pelo Galo) resolveu mudar isso, sem aviso prévio ou informações nas filas, assim o torcedor pegava filas de no mínimo 20 minutos e ao chegar no portão era instruído a pegar a fila na outra entrada. Várias pessoas perderam o gol do Atlético e o gol de empate do América. Idosos começaram a sentir-se mal, pois o calor era insuportável e o tempo de espera para entrar era cada vez maior.
Bar – Um bar atende todos os torcedores. Dividido em duas partes, uma vende lanches e a outra bebidas. É impossível comprar algo em jogos com mais de 10 mil pessoas. Não há organização nas filas ou espaço para as mesmas, então a multidão que se forma fecha todo o espaço, impedindo também o acesso à entrada dos banheiros. Barraquinhas com lanches dão apoio aos bares. Os preços pesam no bolso do torcedor que já gastou com transporte e ingresso para chegar na Arena.
Banheiros – O banheiro feminino, apesar de contar com espelho e papel higiênico (limitado), é sujo e o chão é lotado de papel higiênico usado. O masculino é uma grande piscina, sem espaço e desorganizado. Seriam necessários, pelo menos, mais uns dois ou três para comportar os torcedores.
Água – Nos dois primeiros jogos do ano, os copos de água chegaram a ser vendidos por 3 reais, mas nas últimas partidas o preço é R$ 2,50. Os copos são vendidos em caixas de gelo espalhadas pelo estádio, mas antes de serem colocadas nas caixas de gelo ficam em caixas de papelão, ao lado do vendedor. Quando consegue comprar, o torcedor paga por um copo de água quente. Em alguns jogos do Brasileiro e contra o Tupi, nos minutos finais de partida, não havia mais água em nenhum dos postos de venda.
Do lado de fora do estádio – A pista em frente é um risco para o torcedor, que divide espaço com caminhões e carros que passam em alta velocidade. Quem vai para Sete Lagoas de carro,e não acha vaga no estacionamento em frente à Arena, deixa o veículo em ruas distantes ou em estacionamentos particulares, como um lote e o motel ao lado, que oferecem esse serviço.
Provavelmente não haverá nenhuma mudança nesses setores, pois a cadeira especial, onde ficam os engravatados, funciona sem fila, sem sujeira e sem desorganização. Quem paga o preço pela falta de planejamento com o Independência é o torcedor, principalmente os atleticanos, que enchem os estádios.
Mesmo que atitudes fossem tomadas quanto a isso, quando ficassem prontas, pela velocidade que vemos em BH, já seria hora de voltar para casa.
As autoridades dizem que esse é um copo meio cheio, pois milhões foram investidos em diversas obras, já que o antigo estádio não tinha estrutura alguma. Eu digo que esse é um copo com muito espaço a ser preenchido, mas enquanto nada se resolve, beberemos dessa água para matar nossa sede de Clube Atlético Mineiro.
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