Início polêmico
Raul começou a sua carreira no Atlético Paranaense e logo foi para o tricolor São Paulo, fez nove partidas pelo clube paulista e se transferiu para o Cruzeiro.
Na sua estreia pelo time celeste, em 1965, como não havia uma camisa de goleiro que vestisse em Raul, ele teve de arrumar uma camisa emprestada, mas só tinha uma amarela de passeio do lateral Neco que servisse nele.
Na época, o uniforme preto era padrão de todos os goleiros, de modo que a camisa amarela de Raul acabou chamando muita atenção.
Muita gente começou a fazer piadinhas e ridicularizar seu nome, mas Raul não abaixo a cabeça e começou a se destacar com ótimas atuações defendendo o gol cruzeirense e logo caiu nas graças da torcida. Depois disso, Raul não usou outro uniforme sem ser o amarelo.
Vários títulos pelo Cruzeiro
Defendendo o Cruzeiro, Raul Plassmann foi penta-campeão mineiro (1965 a 1969) e a famosa Taça Brasil (1966).
Mas foi em 1976 que Raul ganhou seu título mais importante jogando no Cruzeiro. A Libertadores da América, que na época, o único time brasileiro que tinha esse título era o Santos de Pelé e companhia.
Cruzeiro foi campeão em uma final contra o forte River Plate, da Argentina, em três partidas.
Raul foi titular no Cruzeiro de 1965 a 1978 e fez 557 jogos no time mineiro. Em 1978, Raul tinha 34 anos, já era experiente e tratado como ídolo pela China Azul.
Ídolo também no Rio
Com 34 anos, Raul chegou a pensar em voltar para o Paraná e se aposentar, mas foi convencido pelo técnico Cláudio Coutinho a vir para o Flamengo em 1978 ser a voz da experiência em um time jovem formado por Zico, Júnior, Leandro e cia.
Vencedor de 3 Campeonatos Cariocas e 1 Campeonato Brasileiro, Raul já era tratado como ídolo pela torcida rubro-negra. Em 1981, Raul foi novamente campeão da Libetadores da America em uma final contra o Cobreloa, do Chile.
No Mundial Interclubes, o goleiro não tomou gol dos ingleses do Liverpool e com o talento de Zico, Adílio e Nunes, foi vencedor do título mais importante da sua carreira.
De fora da Copa do Mundo de 1982
Raul também tinha a sinceridade como ponto forte, apontava falhas de sua equipe em entrevistas e dizem que, por falar demais, foi preterido na seleção brasileira de 82. Em certa oportunidade, ele admitiu: “prefiro treinar pouco e jogar muito”. Para Telê Santana, foi o suficiente para não convocá-lo para o time de estrelas do Brasil. Raul admitiu em sua despedida que não disputar uma Copa do Mundo foi a maior tristeza da sua carreira.
Despedida
Em sua despedida, em 20 de dezembro de 83, num amistoso entre o Flamengo e a Seleção dos Amigos do Raul, formada por vários craques da época, aos 38 anos, o goleiro vestiu a camisa amarela pela última vez. Ao sair de campo, Raul a tirou e devolveu ao mesmo Neco.
Pós-Carreira - (fonte Site Oficial de Raul Plassmann e Wikipédia)
Depois que parou de jogar, Raul passou a trabalhar como comentarista esportivo da Rede Globo, aonde permaneceu durante anos. Em 1987, arriscou iniciar carreira de técnico de futebol, à frente do Cruzeiro, mas a experiência não deu certo. Continuou trabalhando como comentarista, até que fez uma nova tentativa de ser treinador, em 2003, no comando do Juventude. Repetindo o fracasso anterior, desistiu de vez da idéia, aceitando tornar-se dirigente do Londrina, já no ano seguinte. Pouco tempo depois, contudo, Raul desistiu de ser cartola e voltou a trabalhar como comentarista esportivo na Rede Record e Rádio CBN, nas filiais de Curitiba. Mais tarde, ainda função de comentarista, reintegrou-se à Rede Globo, quando passou a trabalhar para os canais SporTV e PFC.
Nesse ano, volta a defender as cores do Cruzeiro. Dessa vez, o antigo ídolo celeste vai trabalhar nas categorias de base do clube e será o responsável pela subida de categoria dos atletas pratas da casa.
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